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Padroeiro: Santo António

Festa: Santo António, no 1º Domingo de Julho

Pároco: Horácio Dutra

Igreja Paroquial

Não é possível datar com precisão a criação da igreja paroquial de Santo António, do mesmo modo como não há possibilidade de identificar com exatidão a data da criação da freguesia de Santo António.
Contudo, de várias leituras comparadas se infere que a Igreja Paroquial de Santo António é anterior a 1524, pois nessa altura já existia igreja com cura que, prestava assistência religiosa a parte das atuais Capelas, Santo António e grande parte da atual Bretanha, embora como é óbvio sem as características atuais, não passando de uma pequenas ermida, feita de materiais rudimentares.
Um destes documentos é a obra "Saudades da Terra" do cronista Gaspar Frutuoso, no seu livro IV, 3.º Volume, que se referia à freguesia de Santo António dizendo, "... e logo sai uma ponta pequena ao mar onde está o logar de Santo António, assim chamado por ter a Igreja paroquial do mesmo Santo...".
Aliás, se atendermos à época, facilmente se compreende a necessidade e urgência de pessoas simples do povo que ainda viviam fanaticamente a fé medieval. Não as podemos imaginar sem aquilo que lhes fazia tanta falta: a sua ermida, com o seu santo protetor. As ermidas, surgiam onde havia um pequeno aglomerado.
De acordo com o professor Miguel Soares Silva, é possível datar a primeira ermida de Santo António da última década do sec. XVI, localizando-se muito perto da atual igreja. Tal data deverá coincidir com o povoamento do lugar de Santo António. Gaspar Frutuoso justifica, na pg. 117, vol. II, do Livro IV, da obra "Saudades da Terra" o nome da freguesia, dizendo "assim chamado por ter a igreja paroquial do mesmo Santo...".
No entanto, outro historiador que terá vivido cerca de um século mais tarde que Gaspar Frutuoso, Frei Agostinho de Monte Alverne, talvez procurando explicações mais miraculosas, escreveu, na sua obra "Crónicas da Província de S. João Evangelista dos Açores" (1695) "Santo António, cujo lugar tem este nome por aparecer ou sair nele uma imagem do Santo...".
Um extenso trabalho de pesquisa e recolha de informações, realizado pelo historiador Miguel Soares Silva permite-nos dizer com segurança que o primeiro vigário da então freguesia de Santo António terá sido Afonso de São Pedro, que era frade dos Lóios, o segundo João Rodrigues ou Roiz, do qual se sabe que esteve na freguesia como cura em 1526/27 e o terceiro João Soares da Costa.
Das várias alterações que a Igreja paroquial sofreu, destacam-se os melhoramentos promovidos entre 1712 e 1730 e um pouco mais tarde, entre 1741 e 1747.
No início do século passado, já sob a gerência do Dr. Albano Maciel, figura grande da história de Santo António, promoveram-se importantes obras de restauro e ampliação, destacando-se a colocação, na frente do templo, de três painéis de azulejo da autoria de Jorge Colaço, estas obras, de acordo com inscrição existente no lado Sul do edifício, terão ficado concluídas em 1914. Já no final do século XX, e sob a orientação do pároco, o padre David Botelho do Couto, foi substituída a cobertura e o revestimento das paredes que eram de barro, passando-as a cimento. Na mesma altura foram retocados os altares de talha dourada, bem como os tetos e as imagens.

Este texto teve a colaboração do historiador Miguel Soares da Silva e do Padre David Botelho Couto

Paróquia de Santo António

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Galeria de Fotos

As Ermidas de Santo António

Em Santo António existem duas ermidas de construção bastante antiga, situadas na zona central da freguesia, uma junto ao cemitério e a outra perto do Salão Paroquial, o que não é de admirar porque, como todas as freguesias rurais criadas nos séculos XV e XVI, a vivência e história das suas gentes “girava” à volta da vida religiosa.

A ERMIDA DO ROSÁRIO

Houve, em Santo António, no princípio do século XVI, um "homem nobre e poderoso", no dizer de Gaspar Frutuoso, de nome Álvaro Lopes da Costa que mandou fazer nas suas terras, situadas na ponta do lugar, uma ermida da invocação de Nossa Senhora do Rosário. Embora não se saiba quando, pode supor-se que tenha surgido no primeiro quartel do século XVI (1511 a 1525), talvez fruto de promessa feita no Norte de África e ação de graças pela proteção divina invocada e sentida durante o cerco de Arzila, no qual ele participou como companheiro fiel de Rui Gonçalves da Câmara, quinto capitão da Ilha de São Miguel, no ano de 1511. As imagens que possuía, incluindo a imagem de Nossa Senhora do Rosário, foram transferidas, por razões de segurança, para a Igreja Paroquial.

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A ERMIDA DA MÃE DE DEUS

"A ermida está no princípio do Lugar, da advocação da Madre de Deus, a qual mandou fazer um nobre antigo, cujo administrador é Gaspar de Oliveira, neto ou bisneto do mesmo". Infelizmente, Gaspar Frutuoso não levou até ao fim a sua investigação, perdendo-se irremediavelmente quer o nome do fundador desta ermida, quer possíveis pormenores. Da sua história recente apenas a destacar o facto de apenas na década de oitenta ter passado, legalmente, para a posse da paróquia, por intermédia de uma generosa oferta dos seus anteriores proprietários.

Nos dias de hoje esta ermida é utilizada como casa mortuária da freguesia.

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